setembro 15, 2008

'nouveau'

naquela manhã a tristeza me assolou somando-se ao pavor enfermo do que estaria por vir.
a realidade esmagadora caiu sobre mim e sob seu peso a dor pareceu rarefeita, então chorei pelo tempo que não estagnava levando cada minuto mais perto do fim. ensurdecida com as palpitações no meio do peito, desejava sermos uma música que se repete quantas vezes quiser. quis dormir para não mais pensar, mas mesmo em sonho valia-se o inadiável. mudava de lado na cama e procurava na memória tudo o que me fazia sua. acordava em meio a lençóis suados de suor sofrido, enroscava-me aos sorrisos mudos e de lá não saía até em mim ser esquecida.
naquela manhã acordei antes do tempo e já não consegui esquecer, as cores não voltaram, o dia seguiu pálido sem motivos e sem você.

N.

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