agosto 07, 2008

minúcia.

e em segredo se sentia minúscula, das mais insignificantes, das mais rejeitas, não pelos os outros e sim por ela mesma. foi-se o tempo em que só de se desligar por alguma horas a felicidade vinha assim, fácil. agora, quanto mais tentava menos conseguia e quanto mais pensava, pior se sentia. e foi assim que resolveu não pensar mais. por algum tempo foi extremamente eficaz, como todas as coisas no começo são, mas aos poucos foi definhando. primeiro por dentro, lentamente, enquanto mantinha no rosto o sorriso. começava devagar como quem não quer nada, ficava ali no cantinho do peito e como um nódulo, não apresentava risco eminente, mas quando se vai atrás, percebe-se que as raízes foram fundo e vivem sedentas por algo novo, jovem e inusitado. em seguida um buraco fundo, bem fundo, uma nuvenzinha de pavor assolando a mente." se ao menos fosse assim, desse jeito tão lindo que me faz querer chorar". podia não ser nada, apenas mais uma mania barata de perfeição e nisso sabia que tinha vasta experiência, surgem e fritam os miolos. sentia o cheiro de longe. hmmmm hoje teremos filet no espeto! o espeto cravado na testa que latejava como nunca e a dor que virava mais um enfeite como os outros.
talvez fosse, talvez não, ja não me importa mais.

N.

agosto 05, 2008

sincronismo realizado com sucesso

me via andar só, o corredor longo sem fim, os murmúrios de pequenas conversas cotidianas entrando pelos ouvidos, deixando fragmentos de frases que grudam nas paredes da mente fazendo-a reluzir à falta de alguma coisa familiar. me fazia pertencer a algum tipo de grupo isolado aonde eu, no mais formoso andar, liderava solta e livremente focada em andar e somente ir. forçava a memória para reafirmar que só, estavam os outros.

N.