setembro 18, 2008

setembro.


e por dias penso em refazer. desfazer?
o que foi feito fez-se em pouco tempo e em poucos risos mas se desfaz aos poucos como fazem em dias frios. as imagens passam pela cabeça todas em preto-e-branco, sem cor e sem laços, por trás o vento cinza ventando em granulado. as mão dadas e os olhos longe, omissos de uma verdade que não conta mais. em meio a movimentos rápidos de quem não quer deixar marcas, as mãos sempre seguem em direção ao pescoço. acorda aflito e olha em volta para ver se mais alguém sabe. mente bem, mente tão bem que as vezes até mesmo jura pela sua verdade.
são como fotografias presas em mim, vejo de longe o vermelho-sangue da fita de cabelo da menina que sorri mansamente com medo de ferir quem vê e o homem ao lado que se posta como se não soubesse o que estava se passando.

N.

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